quinta-feira, 16 de maio de 2013

A maldição dos acréscimos


Sobre o primeiro título do Chelsea na Liga Europa, escrevi assim para a edição desta quinta-feira, 16 de maio, do Diario de Pernambuco.


Nem o mais pessimista dos torcedores do Benfica poderia imaginar que algo assim fosse possível. Em menos de uma semana, o clube lisboeta foi do céu ao inferno. Dois jogos decisivos. Duas derrotas. E uma irônica coincidência. Dois gols sofridos já nos acréscimos. Sábado passado, o Porto virou no Português aos 46 do segundo tempo. Ontem, na final da Liga Europa, foi a vez do Chelsea. O jogo caminhava para a prorrogação, empatado em 1 a 1. 47 minutos. Escanteio para os Blues. Juan Mata cobra alto, no segundo pau. O zagueiro Ivanovic sobe mais alto do que todo mundo. Cabeceia a bola, que faz um arco perfeito para o fundo do gol de um desolado Artur, que nada podia fazer. Explosão da parte azul da Amsterdam Arena. O Chelsea se sagrava campeão da Liga Europa. E o Benfica, mais uma vez, sucumbiu. A maldição dos acréscimos. A maldição de Béla Guttmann. Treinador bicampeão europeu com o Benfica, o húngaro amaldiçoou os encarnados em 1962. “Nem daqui a 100 anos o Benfica ganhará uma competição europeia sem mim”. Desde então, foram sete finais continentais. Sete derrotas.

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