sábado, 18 de agosto de 2012

FC Porto rumo ao tricampeonato e para ampliar a supremacia



Começa neste final de semana a 79ª edição do Campeonato Português de futebol (atualmente denominado Liga Zon Sagres, devido a acordos publicitários). O maior campeão português ainda é o Benfica, clube que viveu seus tempos áureos na década de 1960 e até a metade da década de 1970. Coincidentemente, após a queda do Regime fascista português e a ascensão do sistema democrático, o futebol lusitano passou a conhecer uma nove força. Nos últimos 30 anos, principalmente, o FC Porto é o principal clube de Portugal, consolidando uma hegemonia interna e alcançando voos mais altos em competições internacionais (2 Ligas dos Campeões, 2 Ligas Europas, 2 Mundiais, 1 Supertaça Europeia).

Atual bicampeão português, o FC Porto conquistou 19 dos últimos 30 campeonatos nacionais. Ou seja, o clube portuense se sagrou campeão nacional quase que duas vezes a cada três anos. Benfica, Sporting e Boavista, juntos, levantaram o troféu de campeão nacional 11 vezes, oito a menos que os Dragões.

Para a temporada 2012/13, os favoritos ao título são os de sempre. FC Porto e Benfica em primeiro plano. Sporting correndo por fora. Contudo, nos últimos anos, o Sporting Braga ascendeu de forma considerável no escalão do futebol português, passando a discutir quase que em pé de igualdade com os tradicionais três grandes, em especial com o Sporting, que, nos últimos tempos, sofreu uma perda de competitividade.

No gráfico acima, analisamos as classificações de seis clubes nos últimos 30 campeonatos portugueses: FC Porto, Benfica, Sporting, Boavista, Sporting Braga e Vitória de Guimarães.

O Boavista, afastado da I Liga por decisão administrativa da Liga e Federação portuguesas, foi o primeiro e único clube a ser campeão português fora os três grandes desde 1946 (quando o Belenenses conquistou seu único campeonato). Além disso, o time portuense foi vice-campeão duas vezes, em 1998/99 e 2001/02.

Como já foi dito, o Sporting Braga, nos últimos anos, ganhou grande destaque no futebol português. Foi vice-campeão em 2009/10, disputando o título com o Benfica até a última rodada. Na temporada 2011/12, o time bracarense ficou em 3º lugar, mas chegou a liderar a competição por algumas rodadas.

O Vitória de Guimarães entra na relação por ser um dos clubes mais tradicionais de Portugal e por ter ficado entre os três primeiros colocados em algumas ocasiões, como em 2007/08, ano em que voltou à I Liga, após breve passagem pela II Liga. Este ano, o Guimarães ficou em 6º lugar.

Dos grandes clubes portugueses, o Sporting é aquele que menos conquistas obteve. Nos últimos 30 anos, os sportinguistas só foram campeões duas vezes, estando já há 10 anos sem conquistarem o título nacional. Para além do fato de ter conquistado apenas dois títulos, o Sporting ficou fora das três primeiras posições oito vezes, como aconteceu este ano, em que terminou na quarta colocação (que é a posição mais baixa obtida pelo clube nos últimos 30 campeonatos).

Maior campeão português, com 32 conquistas, o Benfica, como já comentamos, perdeu a sua supremacia para o rival do Norte, FC Porto. Até 1982, o Benfica havia conquistado 26 campeonatos portugueses, contra apenas sete dos portistas. Era uma vantagem de 19 títulos.

Nos últimos 30 anos, contudo, o Benfica só foi campeão oito vezes e viu o Porto, com 19 conquistas, diminuir a diferença que era de 19 para apenas seis campeonatos. Há 30 anos era inimaginável esperar que o Benfica tivesse uma vantagem tão curta diante do Porto.

Mas não é apenas a escassez de títulos que marca esse período de três décadas do Benfica. O clube encarnado também amargou algumas más campanhas, ficando fora das três primeiras posições em três ocasiões – chegou a ficar em 6º lugar, na sua pior temporada de toda a história, no ano de 2000/01 (amenizado pelo fato de o Boavista ter sido campeão e não um de seus dois rivais).

O FC Porto, maior campeão português nos últimos 30 anos, além de ter levantado a taça em 19 ocasiões, também tem outro registro que é impressionante: quando não foi campeão, ficou com o vice-campeonato. Isso só não aconteceu por duas vezes, quando os portistas ficaram em terceiro lugar (2001/02 e 2009/10).

Ou seja, enquanto o Benfica só conquistou oito campeonatos e ficou três vezes abaixo dos três primeiros lugares, o terceiro lugar foi a pior classificação do Porto, e apenas em duas temporadas.

Em 30 campeonatos, o FC Porto soma 19 campeonatos, 9 vice-campeonatos e 2 terceiro lugares; enquanto o maior rival, Benfica obteve 8 campeonatos, 11 vice-campeonatos, 8 terceiro lugares, 2 quarto lugares e 1 sexto lugar.

Nesse período, além da hegemonia nacional, o FC Porto também se tornou o maior ícone do futebol português em termos internacionais. Foi bicampeão europeu (1987 e 2004), bicampeão mundial (1987 e 2004), bicampeão da Copa UEFA/Liga Europa (2003 e 2011) e campeão da Supertaça Europeia (1987).

Nos últimos 30 anos, o FC Porto, comandado pelo presidente Pinto da Costa desde abril de 1982, é uma verdadeira máquina de conquistar títulos.

Ranking de campeões portugueses nos últimos 30 anos:

FC Porto – 19
Benfica – 8
Sporting – 2
Boavista – 1

Primeira rodada da Liga Portuguesa:

Olhanense 2 x 1 Estoril
Rio Ave x Marítimo
Benfica x Sporting Braga
Nacional x Vitória de Setúbal
Paços de Ferreira x Moreirense
Gil Vicente x FC Porto
Guimarães x Sporting
Beira Mar x Académica

sábado, 11 de agosto de 2012

Supertaça de Portugal – FC Porto x Académica



Como reza a tradição no futebol europeu, a temporada oficial é aberta com a Supercopa. Em Portugal não é diferente e, desde 1979 (de forma oficiosa) e a partir de 1981 (oficialmente), a Supertaça Cândido de Oliveira abre a época no futebol português. Hoje, FC Porto, bicampeão português, enfrenta a Académica de Coimbra, campeã da Taça de Portugal. O jogo será disputado no Estádio Municipal de Aveiro (que recebe a decisão pelo quarto ano consecutivo), às 16h45m (horário de Brasília).

A Supertaça portuguesa surgiu, coincidentemente, em um período que o FC Porto começava a dar os primeiros passos rumo à hegemonia no futebol lusitano. Em 1978/79, ano em que a Supertaça foi disputada oficiosamente, o Porto acabara de ser bicampeão português, depois de ter passado 19 anos sem conquistar o campeonato nacional. Nos últimos 30 anos, o time azul e branco conquistou 19 campeonatos portugueses e 12 Taças de Portugal.

Essa supremacia do FC Porto no futebol português, evidentemente, refletiu nas conquistas da Supertaça Cândido de Oliveira. No total, os Dragões já conquistaram 18 das 33 edições da competição. Ou seja, se juntarmos os títulos de todos os outros clubes – 15 – não chegam aos números do FC Porto.

Atual tricampeão da Supertaça (tendo batido, sucessivamente, Paços de Ferreira, Benfica e Vitória de Guimarães nos últimos três anos), o FC Porto joga hoje contra a Académica não só para ampliar a sua hegemonia no futebol nacional, como também para chegar ao inédito tetracampeonato deste simbólico troféu.

A Académica bateu o Sporting, de forma surpreendente, na final da Taça de Portugal 2011/12, e voltou a conquistar a tradicional competição após 73 anos. Com isto, o time de Coimbra disputa a Supertaça pela primeira vez em sua história.

Para este jogo, o FC Porto não contará com Hulk, Danilo e Alex Sandro, que estão em Londres, onde disputam, às 11h, a final dos Jogos Olímpicos 2012. O técnico Vitor Pereira, que, apesar das críticas, conseguiu se manter no cargo, terá a estreia do atacante colombiano Jackson Martinez, único atleta contratado pelo clube até agora para a temporada 2012/13.

Se o Porto vencer, ampliará a hegemonia no futebol português e na Supertaça. A Académica espera, mais uma vez, surpreender e fazer novamente história.

Lista de campeões da Supertaça Cândido de Oliveira:

Sport x Figueirense - é vencer ou vencer



Antes do jogo contra o Vasco, na quarta-feira passada, o técnico do Sport, Vágner Mancini, disse que o bom gramado da Ilha do Retiro beneficiava os adversários do seu time. Após a derrota para o Vasco, por 2 x 0, o treinador disse que o gramado molhado prejudicou o Sport. Sem vencer desde o dia 15 de julho, quando bateu a Portuguesa, na Ilha do Retiro (como estava o gramado naquele dia?), por 2 x 1, o Sport soma seis jogos seguidos sem sentir o gosto da vitória no Brasileirão. Nestas seis rodadas, perdeu quatro vezes e empatou duas. Para o técnico rubro-negro, aparentemente, o problema, pelo menos quando o time joga em casa, é o gramado da Ilha do Retiro. Hoje, às 18h30m, porém, o Sport tem a obrigação de vencer o Figueirense, pela 16ª rodada da Série A. Com chuva ou sem chuva. Com gramado excelente ou meia-boca, a equipe de Vágner Mancini não terá desculpas caso não consiga vencer o lanterna do Campeonato.

Na 16ª colocação, com 14 pontos conquistados, o Sport corre sérios riscos de entrar na zona de rebaixamento. Encarar o lanterninha, que somou apenas oito pontos em 45 disputados, é o jogo ideal para voltar a vencer. Com o cargo ameaçado, o treinador rubro-negro sabe que precisa voltar às vitórias, se não quiser ser demitido. A diretoria do Leão tem segurado as críticas, mas um eventual tropeço contra o último colocado, em casa, tornaria a situação praticamente insustentável.

Expulso contra o Vasco, o zagueiro Diego Ivo cumprirá suspensão automática e é ausência garantida. Para o seu lugar, o técnico tem a opção de Edcarlos e William Rocha (relacionado após seis meses de ausência, devido a uma cirurgia no joelho direito). Ainda há a dúvida quanto ao zagueiro Bruno Aguiar, que se recupera de fratura no nariz, Mancini espera apenas por uma posição do jogador. Aguiar tem tentado se adaptar a uma máscara de polipropileno. Vágner Mancini mantém o time titular indefinido e disse que só anunciará a escalação momentos antes do jogo.

Hoje, nenhuma desculpa será aceita. Concorda torcida rubro-negra?

FICHA TÉCNICA

Sport: Magrão; Moacir, Aílson, Edcarlos (Bruno Aguiar) e Reinaldo; Tobi, Rithely, Rivaldo, Felipe Azevedo e Marquinhos Gabriel; Gilberto. Técnico: Vágner Mancini.

Figueirense: Wilson; Marquinhos, Gutti, Fred e Guilherme Santos; João Paulo, Jackson, Claudinei e Aloísio; Caio e Julio Cesar. Técnico: Hélio dos Anjos.

Local: Estádio da Ilha do Retiro (Recife). Horário: 18h30. Árbitro: Edvaldo Elias da Silva (PR). Assistentes: Ivan Carlos Bohn (PR) e Luiz H. Souza Santos Renesto (PR).

Flamengo x Náutico - Para continuar a evoluir



Depois de vencer o Santos por 3 x 0, nos Aflitos, e empatar com o Internacional, em Porto Alegre, por 0 x 0 (em um jogo que, se não fosse um erro da arbitragem - que anulou um gol legítimo de Araújo - o time teria vencido), o Náutico encara o Flamengo, neste sábado, às 21h, em Volta Redonda, buscando dar sequência ao bom momento que vive no Brasileirão.

Em clara evolução, o Timbu enfrentará o rubro-negro carioca podendo chegar, pela primeira vez na competição, ao terceiro jogo consecutivo sem perder. Até agora, o máximo que conseguiu foi ficar dois jogos sem ser derrotado. Na quarta e quinta rodadas, o Náutico venceu Botafogo e Grêmio. E agora, nos dois últimos jogos, obteve uma vitória e um empate.

Na 12ª posição, com 17 pontos, dois a menos que o Flamengo, que está em 10º, o Náutico tem a chance, também, de ultrapassar o adversário nesta 16ª rodada, basta, para isso, vencer o confronto, no estádio Raulino de Oliveira.

Ainda com a terceira pior defesa do campeonato, com 27 gols sofridos, o Timbu comemora o fato de ter se acertado no setor defensivo nas duas últimas rodadas. Contra o Santos e o Internacional, o Náutico não sofreu nenhum gol. Pela primeira vez no Brasileirão a zaga alvirrubra passou dois jogos sem ser batida. Contra o Internacional, o time jogou sem os dois zagueiros titulares. Jean Rolt machucado e Ronaldo Alves de fora por questões contratuais. Rolt continua desfalcando a equipe. O técnico Alexandre Gallo, porém, já poderá contar com Ronaldo Alves, que deverá ser escalado ao lado de Marlon, com quem fez dupla na vitória do domingo passado, contra o Santos, 3 x 0. Gallo, entretanto, ainda tem a opção de escalar o zagueiro Alemão. Recém-contratado ao Salgueiro, Alemão estreou na última rodada e foi bem. Tornando-se uma alternativa de confiança para o comandante alvirrubro.

Se Gallo terá o retorno de Ronaldo Alves, por outro lado, sofre uma baixa importante no meio-campo. Martinez, um dos principais jogadores do Náutico neste Brasileirão, viu o terceiro cartão amarelo contra o Internacional e cumprirá suspensão automática diante do Flamengo. Para o seu lugar, Gallo deverá escalar Ramirez, opção frequente no time alvirrubro nas vezes em que Martinez esteve ausente.  Nas 15 rodadas do Campeonato Brasileiro, o Náutico não pôde contar com Martinez em três ocasiões. Perdeu os três jogos. Na estreia, contra o Figueirense (2 x 1), e depois na 11ª e 12ª rodadas, 3 x 0 e 4 x 3 contra Palmeiras e Coritiba, respectivamente. Retrospecto nada positivo para o Timbu.

Flamengo
O Flamengo está na 10ª colocação, com 19 pontos conquistados, mas tem um jogo a menos que os demais clubes, uma vez que o jogo da 14ª rodada contra o líder Atlético-MG foi adiado para o dia 26 de setembro. O motivo do adiamento do jogo contra o Atlético-MG foi o mesmo que justificou a mudança de local do jogo deste sábado contra o Náutico. O Botafogo pediu à CBF que diminuísse o número de partidas no estádio do Engenhão, para preservar o castigado gramado do estádio olímpico da cidade do Rio de Janeiro. Por conta disso, o Flamengo teve que encontrar nova casa e mandará o jogo contra o alvirrubro no estádio Raulino de Oliveira, na cidade de Volta Redonda.

Histórico de confrontos
Na história do Campeonato Brasileiro, Flamengo x Náutico já se enfrentaram 11 vezes com o mando dos cariocas. Os pernambucanos nunca venceram como visitantes. Foram nove vitórias rubro-negras e dois empates. Na última vez que se encontraram, no dia 02 de agosto de 2009, no estádio do Maracanã, os times ficaram no 1 x 1.

FICHA TÉCNICA

Flamengo: Felipe; Wellington Silva, Welliton, González e Ramon; Cáceres, Luiz Antônio e Renato; Negueba, Vágner Love e Thomás. Técnico: Dorival Júnior.

Náutico: Gideão; Patric, Marlon, Ronaldo Alves (Alemão) e Douglas Santos; Elicarlos, Ramirez, Souza e Rhayner; Kieza e Araújo. Técnico: Alexandre Gallo.

Local: Estádio Raulino de Oliveira (Volta Redonda/RJ). Horário: 21h. Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS). Assistentes: Cristhians Passos Sorence (GO) e Marcelo Bertanha Barison (RS).

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

90 minutos para a história




A Seleção Brasileira de futebol masculino está a cerca de 90 minutos de entrar para a história. Neste sábado, a partir das 11h (horário de Brasília), o time de Neymar, Leandro Damião, Oscar e companhia enfrenta o México, no mítico Estádio de Wembley, na final dos Jogos Olímpicos de Londres. O Brasil chega à sua terceira final olímpica e tentará, pela primeira vez, conquistar a medalha de ouro. Seleção pentacampeã mundial, os brasileiros jamais venceram a Olimpíada. Passados 24 anos desde a última vez em que chegou a uma final (Jogos de Seul, em 1988), a Seleção Brasileira poderá, neste sábado, pôr fim a uma longa espera do futebol nacional, que há muito sonha com o inédito ouro. Assim como o Brasil, que não perdeu nesta Olimpíada, o México, adversário na grande final, também chega à decisão invicto.

Para chegar à final, o time comandado pelo técnico Mano Menezes venceu os cinco jogos que realizou na competição. Cinco vitórias e 15 gols marcados. A Seleção Brasileira apresenta uma excelente média de gols, tendo balançado as redes de cada adversário por três vezes. Isso mesmo, o Brasil marcou três gols em todas as partidas que disputou. O centroavante do Internacional Leandro Damião tem sigo o grande destaque goleador do time verde e amarelo. Damião já celebrou seis gols na Olimpíada e é o artilheiro do torneio. Na história, o Brasil só teve dois artilheiros em Jogos Olímpicos. Romário em 1988 e Bebeto em 1996. Leandro Damião não só poderá se igualar a estes dois grandes atacantes do futebol nacional, como tem a possibilidade de ir além. Romário foi prata em 1988. Bebeto ficou apenas com a medalha de bronze. Damião pode ser artilheiro e campeão olímpico.

O Brasil foi líder do grupo A, ultrapassando, sucessivamente, Egito (3 x 2), Bielorrússia (3 x 1) e Nova Zelândia (3 x 0). Nas quartas de final, o time brasileiro sofreu um pouco para eliminar Honduras. A Seleção esteve atrás do marcador por duas vezes, mas venceu por 3 x 2 e avançou na competição. Na semifinal, foi a vez da Coreia do Sul, que havia eliminado a anfitriã Grã-Bretanha nas quartas. Mas o Brasil não tomou conhecimento do time coreano e fez 3 x 0, com Leandro Damião marcando dois gols.

A trajetória mexicana até a final começou no grupo B. O México ficou em primeiro lugar em sua chave, com duas vitórias (Gabão, 2 x 0; Suíça, 1 x 0) e um empate (Coreia do Sul, 0 x 0). Nas quartas de final, os mexicanos passaram por um susto. Após fazer 2 x 0, frente ao Senegal, o México relaxou demais e sofreu dois gols no segundo tempo. A vaga na semifinal só veio após a prorrogação, quando os mexicanos marcaram duas vezes e o placar ficou em 4 x 2. Na semifinal, o Japão abriu o placar, mas o México conseguiu dar a volta ao resultado e venceu por 3 x 1.

Principal jogador e artilheiro do México nos Jogos Olímpicos, o atacante Giovani dos Santos, que atua no Tottenham da Inglaterra, não poderá enfrentar o Brasil na grande decisão deste sábado. O atleta, revelado pelo Barcelona, que sentiu lesão muscular durante a semifinal, passou por uma ressonância magnética, que constatou a gravidade da ruptura no músculo da perna direita. Para o lugar, Luis Fernando Tena, técnico mexicano, deverá escalar Raúl Jiménez, meio-campo do PSV da Holanda.

Histórico de confrontos

O tempo em que os jornais mexicanos escreviam “jogamos como nunca, perdemos como sempre”, lamentando as derrotas do México para o Brasil, há anos que ficaram para trás. Tradicional adversário da Seleção Brasileira, o México, desde 1999 tem se mostrado uma pedra no sapato do futebol nacional. Desde a final da Copa das Confederações de 1999 para cá, quando a seleção mexicana foi campeã, vencendo o Brasil por 4 x 3, foram 12 confrontos. O México tem clara vantagem, somando sete vitórias, contra apenas três triunfos brasileiros (e dois empates). Em toda a história, foram 37 jogos. Aí, o Brasil sobra, com 21 vitórias. Os mexicanos venceram 10 vezes e houve seis empates.

Mas esses são números da seleção principal. Na Olimpíada, as seleções são sub-23, com a presença de apenas três atletas acima de 23 anos. A base da Seleção olímpica brasileira é o time campeão mundial sub-20. A Copa do Mundo da categoria foi disputada no ano passado, na Colômbia. Brasil x México se encontraram na semifinal e os brasileiros venceram por 2 x 0, com dois gols de Henrique (atualmente no Sport).

Últimos 12 jogos Brasil x México (seleções principais):

04/08/1999 – Final da Copa das Confederações: México 4 x 3 Brasil
07/03/2001 – Amistoso: México 3 x 3 Brasil
12/07/2001 – Copa América: Brasil 0 x 1 México
30/04/2003 – Amistoso: México 0 x 0 Brasil
13/07/2003 – Copa Ouro da Concacaf: México 1 x 0 Brasil
27/07/2003 – Copa Ouro da Concacaf: México 1 x 0 Brasil
18/07/2004 – Copa América: Brasil 4 x 0 México
19/06/2005 – Copa das Confederações: Brasil 0 x 1 México
27/06/2007 – Copa América: Brasil 0 x 2 México
12/09/2007 – Amistoso: Brasil 3 x 1 México
11/10/2011 – Amistoso: México 1 x 2 Brasil
03/06/2012 – Amistoso: Brasil 0 x 2 México

Finais Olímpicas do Brasil



Los Angeles 1984 - 11/08/1984, Estádio Rose Bowl: França 2 x 0 Brasil

Seul 1988 - 01/10/1988, Estádio Olímpico: União Soviética 2 x 1 Brasil

FICHA TÉCNICA

Brasil: Gabriel; Rafael, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo e Oscar; Hulk (Alex Sandro), Leandro Damião e Neymar. Técnico: Mano Menezes.

México: Jesús Corona; Israel Jiménez, Hiram Mier, Diego Reyes e Dárvin Chávez; Jorge Enríquez e Carlos Salcido; Javier Aquino, Marco Fabián e Raúl Jiménez; Oribe Peralta. Técnico: Luis Fernando Tena.

Local: Estádio de Wembley, Londres. Horário: 11h (de Brasília). Árbitro: Mark Clattenburg (ING). Assistentes: Stephen Child (ING) e Simon Beck (ING).