sábado, 30 de junho de 2012

Cheio de marra


Mario Balotelli, 21 anos, nascido em Palermo, filho de emigrantes ganeses e adotado por família italiana, é uma das principais estrelas da Azzurra na Euro 2012. Com os dois gols que marcou frente à Alemanha, na vitória por 2 x 1, o atacante chegou à artilharia da competição, com três gols, juntando-se a Mario Gómez, Mandzukic, Cristiano Ronaldo e Dzagoev (todos já fora do torneio).

Mas, Balotelli não é apenas conhecido por seu talento e grande potencial. Ele também tem seu nome sempre associado a polêmicas, desde os tempos em que defendia a Inter de Milão, de onde saiu de forma conturbada para o Manchester City, onde também já teve problemas.

Marrento, o atacante é chegado a declarações inusitadas, que costumam criar enorme repercussão no mundo do futebol. Em dezembro de 2010, por exemplo, ele soltou a seguinte pérola, ao ser premiado com o Golden Boy daquele ano. “Bem, só há um jogador ligeiramente mais forte que eu: Messi. Todos os outros estão atrás de mim”, afirmou, demonstrando que modéstia não é uma de suas virtudes.

Nesta sexta-feira, 29 de junho, Balotelli se saiu com mais uma. Questionado por qual motivo não comemora os gols, o artilheiro não titubeou. “O carteiro comemora quando entrega uma carta? É só o meu trabalho, por que comemorar?”, respondeu ele.

Sem sombra de dúvidas, Mario Balotelli é um jogador único no cenário do futebol internacional. Sem papas na língua e com a autoconfiança elevadíssima, não se escusa de uma pergunta e, muito menos, de uma boa polêmica.

A Europa conhecerá seu campeão



Neste domingo, 01 de julho, Espanha x Itália entrarão em campo, às 15h45m, no Estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia, para decidirem o título da Euro 2012. Os espanhóis, atuais campeões europeus e mundiais, poderão conquistar o primeiro bicampeonato da Euro na história, já que até hoje nenhuma seleção ganhou a competição duas vezes seguidas. Além disso, a Fúria, sendo campeã, igualará a Alemanha como maior vencedora do torneio, três títulos. A Itália, seleção europeia com mais conquistas de Copas do Mundo (tetracampeã), lutará para voltar a levantar a taça da Euro após 44 anos. A Azzurra só tem um título europeu, conquistado em casa, no ano de 1968.

Na atual edição da Euro, Espanha e Itália se encontraram no grupo C e fizeram a partida de abertura da chave. Em jogo equilibrado, Di Natale abriu o marcador para os italianos, mas Fàbregas empatou três minutos depois, fechando o resultado em 1 x 1.

Na trajetória até a final, a Espanha não perdeu nenhum jogo.Ficou em primeiro lugar no grupo C, à frente de Itália, Croácia e Irlanda, somando duas vitórias e um empate. Nas quartas-de-final, a vítima foi a França, que perdeu por 2 x 0. Na semifinal, a Fúria enfrentou maior dificuldade no clássico ibérico. Ao fim de 120 minutos, não saiu do 0 x 0 contra Portugal. Só nas grandes penalidades é que os espanhóis asseguraram a vaga na final, 4 x 2.

Também invicta no torneio, a Itália esteve em risco no grupo C, empatou com Espanha e Croácia por 1 x 1 e chegou à última rodada precisando da vitória. Encarou a Irlanda, que já estava eliminada, e venceu por 2 x 0. Nas quartas-de-final, eliminou a Inglaterra, nos pênaltis, após 0 x 0. Na semifinal, encarou a favorita ao título Alemanha, mas grande freguesa da Azzurra. E, mantendo a invencibilidade no clássico, em jogos oficiais, a Itália venceu por 2 x 1, com a estrela do polêmico Mario Balotelli brilhando. Ele marcou os dois gols italianos e se juntou a outros quatro jogadores no topo da artilharia da competição.

A história deste clássico latino nos remete aos Jogos Olímpicos de Antuérpia, em 1920. Foi lá que Espanha x Itália se enfrentaram pela primeira vez, com vitória espanhola, 2 x 0. Mas, na soma dos 30 encontros nestes 92 anos de clássico, a Itália tem ligeira vantagem, com 10 vitórias, contra oito da Espanha (e 12 empates). Em Mundiais e Euros, as duas seleções já se enfrentaram sete vezes. A Espanha, até hoje, nunca venceu a Itália. Foram quatro vitórias italianas e três empates. Porém, um desses empates foi nas quartas-de-final da Euro 2008, em que a Espanha eliminou a Itália nas grandes penalidades, após 0 x 0 nos 120 minutos de jogo.

Embora a Espanha chegue credenciada com os títulos da Europa e do Mundo, o equilíbrio na história do clássico e as campanhas de ambas as seleções nesta Euro não permitem que se aponte um favorito ao título europeu de 2012.

Ficha Técnica

Local: Estádio Olímpico de Kiev, Ucrânia
Data: 01/07/2012
Hora: 15h45m

Espanha: Casillas; Arbeloa, Piqué, Sérgio Ramos e Jordi Alba; Sergio Busquets, Xabi Alonso e Xavi; Iniesta, David Silva e Fàbregas. Técnico: Vicente Del Bosque.

Itália: Buffon; Balzaretti, Barzagli, Bonucci e Chielini; De Rossi, Pirlo, Marchisio e Montolivo; Cassano e Balotelli. Técnico: Cesare Prandelli.

Árbitro: Pedro Proença (POR).
Auxiliares: Bertino Miranda e Ricardo Santos (ambos de POR).
Quarto Árbitro: Cuneyt Çakir (TUR).

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O encontro de duas potências



As duas maiores potências do futebol europeu, Alemanha x Itália, fazem, nesta quinta-feira, 28 de junho, às 15h45m, no Estádio Nacional (Varsóvia, Polônia), a segunda semifinal da Euro 2012, para definir quem enfrentará a Espanha na final. 


Em campo estarão sete títulos mundiais (quatro italianos e três alemães) e quatro europeus (três alemães e um italiano). Os alemães, maiores campeões europeus, tentam conquistar o título que lhes foge desde 1996 (em 2008 foram vice-campeões). Já os italianos vão em busca do troféu que não levantam desde 1968 (ano em que sediou a competição).

A Alemanha tem uma campanha impecável nesta Euro 2012. Passou pelo grupo da morte com três vitórias, ultrapassando Portugal, Holanda e Dinamarca. Nas quartas-de-final, o adversário foi a Grécia, e os germânicos venceram por 4 x 2.

Semifinalista nos dois últimos mundiais e finalista na Euro 2008, a seleção alemã passou por um processo de renovação e hoje conta com time talentoso, com jogadores como Schweinsteinger, Podolski, Özil, Müller e o artilheiro Mario Gómez. Além disso, ainda surge a nova safra, como as estrelas do bicampeão alemão Borussia Dortmund, Mario Götze e Marco Reus.

Para chegar à semifinal, a Itália fez uma campanha bem ao estilo do futebol italiano. Somente uma vitórias e três empates, nos quatro jogos realizados. No grupo C, empatou com Espanha e Croácia por 1 x 1 e venceu a Irlanda por 2 x 0. Nas quartas-de-final, eliminou a Inglaterra, nos pênaltis, após 0 x 0 no jogo. Mas, verdade seja dita, a Itália jogou muito mais que a Inglaterra e se o jogo foi para as grandes penalidades, foi por conta da Inglaterra, que se segurou na defesa, para manter o nulo ao fim dos 120 minutos de bola rolando.

A grande estrela italiana nesta Euro é o veterano meia Pirlo. Aos 33 anos, Andrea Pirlo esbanja talento para reger o meio-campo da Azzurra. Praticando um futebol de posse de bola, meio com cara de Juventus, atual campeã italiana, a seleção tetracampeã mundial confia em seu maestro para voltar a conquistar uma Euro.

Historicamente, a Itália leva vantagem sobre a Alemanha. Em 30 encontros, desde 1923, os italianos venceram 14 vezes, contra apenas sete vitórias alemãs (e nove empates). Nos últimos cinco confrontos, três vitórias da Itália e dois empates. A última vitória alemã foi em 1995, 2 x 0, em amistoso realizado em Zurique (Suíça).

Em jogos oficiais aí é que a balança pende mesmo para o lado da Azzurra. Entre Euros e Mundiais, foram sete embates. Três vitórias italianas e quatro empates. A Itália conquistou o tricampeonato mundial em 1982 vencendo a Alemanha na final, 3 x 1. Em 2006, jogando na Alemanha, a Itália bateu os donos da casa na semifinal do Mundial. E em 1970, na semifinal da Copa do México, italianos e alemães fizeram aquele que é considerado por muitos o melhor jogo da história das Copas. Vitória da Itália por 4 x 3.


Pelo futebol praticado, a Alemanha é a favorita. Mas, se em clássicos o favoritismo nem sempre se confirma, neste clássico do futebol mundial, Itália x Alemanha, pelo retrospecto, é ainda mais complicado cravar quem sairá vencedor. Se passar pela Itália, a Alemanha repetirá a final da Euro 2008, conquistada pela Espanha.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Escrevendo a história



Começa hoje a final da 53ª edição da Copa Libertadores da América. Em Buenos Aires, no mítico estádio de La Bombonera, a partir das 21h50m, Boca Juniors x Corinthians dão os primeiros passos para que a história do futebol sul-americano seja escrita. De um lado, o Boca, seis vezes campeão das Américas, em busca de igualar o recorde máximo do também argentino Independiente (sete títulos). Do outro lado, o Corinthians, em seu obsessivo sonho de, finalmente, levantar a Taça Libertadores.

Por coincidência, os campeões brasileiros enfrentam na decisão o clube que fez despertar na sua fiel torcida o desejo pela Libertadores. Foi na edição de 1991 que o Boca Juniors eliminou o Corinthians nas oitavas-de-final da competição. A partir de então, o Timão passou por diversas frustrações no torneio continental e se tornou alvo de piadas dos três rivais paulistas, todos campeões continentais – São Paulo e Santos (3 títulos) e Palmeiras (1).

Para chegar à final, o Corinthians fez uma campanha irrepreensível. O time de Parque São Jorge está invicto no torneio. Se se sagrar campeão invicto, o alvinegro repetirá um feito que não ocorre desde 1978. Naquele ano, o Boca Juniors foi campeão da Libertadores sem perder nenhum jogo. Desde o Santos em 2003, nenhuma equipe conseguiu atingir a final sem sofrer derrotas. Na ocasião, o time de Robinho, Diego & Cia perdeu o título exatamente para o Boca Juniors.

Os argentinos do Boca Juniors disputam a décima final de sua história (em 23 participações na Libertadores). Igualando, assim, o recorde do Peñarol. Mas não é o recorde de finais com que os Xeneizes se importam. Eles querem mesmo é igualar o rival Independiente, que soma sete conquistas continentais. O Boca tem seis. Quatro delas conquistadas neste milênio (2000, 2003, 2004 e 2007). E outras quatro ganhas em cima de brasileiros (1977 – Cruzeiro; 2000 – Palmeiras; 2003 – Santos; 2007 – Grêmio).

Para fazer história, o Boca Juniors conta muito com o ídolo Riquelme, que, este ano, voltou a estar em forma e a contribuir de forma determinante para o time. Além disso, os Xeneizes terão o estádio da Bombonera como aliado na partida de ida. Os torcedores fazem enorme pressão, apoiando o time do início ao fim.

No histórico de confrontos, o Boca Juniors leva vantagem sobre o Corinthians. Foram quatro jogos oficiais, com duas vitórias argentinas e dois empates. No total, incluindo amistosos, são 11 jogos, cinco vitórias do Boca e três do Corinthians (mais três empates). Na Bombonera, os dois times já se enfrentaram quatro vezes, com quatro vitórias dos donos da casa (com direito a um 5 x 0 em 1961). Na soma de gols, nos 11 embates, uma verdadeira goleada Xeneize: 27 x 17.

Hoje, Boca Juniors x Corinthians dão o pontapé inicial de uma final que entrará para a história, independentemente de quem saia campeão.

Ficha Técnica

Local: La Bombonera, Buenos Aires (Argentina)
Data: 27/06/2012, quarta-feira
Horário: 21h50m
Árbitro: Enrique Ossses (CHI)
Assistentes: Francisco Mondria e Carlos Astroza (ambos do CHI)

Boca Juniors: Orion; Roncaglia, Caruzzo, Schiavi e Clemente Rodríguez; Ledesma, Somoza, Erviti e Riquelme; Pablo Mouche e Santiago Silva. Técnico: Julio César Falcionis.


Corinthians:
 Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex; Jorge Henrique e Emerson Sheik. Técnico: Tite.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Semifinal ibérica



Nesta quarta-feira, 27 de junho, às 15h45m, Portugal x Espanha fazem a primeira semifinal da Euro 2012, na Donbass Arena, em Donetsk (Ucrânia). Este será um dos mais importantes confrontos dos vizinhos ibéricos em toda a história do clássico, que teve seu primeiro embate em 1921.

Para chegar à semifinal, a Espanha, atual campeã europeia e mundial, ficou em primeiro lugar no grupo C, à frente de Itália, Croácia e Irlanda, somando duas vitórias e um empate. Nas quartas-de-final, o adversário foi a França. E os espanhóis foram superiores em todo o jogo, vencendo, sem dificuldades, por 2 x 0.

Portugal, para estar entre os quatro melhores da competição, primeiro teve que passar pelo chamado grupo da morte. E os portugueses se saíram bem. Perderam de 1 x 0 para a Alemanha na estreia, porém se recuperaram nos dois jogos seguintes e venceram a Dinamarca (3 x 2) e Holanda (2 x 1, de virada). Na sequência, a equipe lusitana eliminou a República Tcheca, com gol do astro Cristiano Ronaldo, 1 x 0.

A Espanha tenta o inédito bicampeonato europeu. Nenhuma outra seleção conseguiu, até hoje, conquistar dois títulos consecutivos da Euro. Para atingir este feito histórico e levantar a sua terceira Euro, a Espanha conta com a força de seu jogo coletivo, baseado na posse de bola e alicerçado em seu meio-campo envolvente com jogadores como Xabi Alonso, Xavi, Iniesta.

De olho na segunda final de Euro de sua história e, claro, com o sonho de conquistar o torneio pela primeira vez, Portugal confia muito no talento de Cristiano Ronaldo, grande estrela do Real Madrid, atual campeão espanhol. Ronaldo, nos jogos contra Holanda e Rep. Tcheca assumiu a responsabilidade de principal jogador lusitano e fez os três gols de sua seleção nas duas partidas.

Mas Portugal não poderá apenas ficar à espera da genialidade de Ronaldo. Será necessária uma superação coletiva, com muita consciência tática. Jogadores como Raul Meireles e Moutinho (este último que tem feito uma grande Euro), no meio-campo, serão essenciais para manter vivo o sonho português. Nani e sua velocidade também deverá estar no seu melhor para auxiliar o time nas saídas em contra-ataque.

Histórico de confrontos

Em toda a história, Portugal x Espanha já se enfrentaram 34 vezes. Os espanhóis têm clara vantagem no clássico. Foram 16 vitórias de Espanha contra apenas seis de Portugal. A última vez que a duas seleções se encontraram foi em novembro de 2010, com uma goleada portuguesa, 4 x 0, no Estádio da Luz.

Este será o terceiro clássico ibérico em uma fase final de Euro. Em 1984, Portugal x Espanha ficaram no 1 x 1, em jogo do grupo B. Na Euro 2004, realizada em Portugal, mais um encontro na fase de grupos. Na ocasião, os donos da casa precisavam da vitória para não serem eliminados logo na primeira fase. Os espanhóis jogavam por um empate para avançarem na competição. Portugal venceu por 1 x 0, com gol de Nuno Gomes, e ficou em primeiro lugar no grupo A.

Em 2010, as duas seleções se encontraram nas oitavas-de-final da Copa do Mundo da África do Sul. Os espanhóis, favoritos, dominaram a posse de bola, mas tiveram enorme dificuldade para ultrapassar a defesa portuguesa. A Fúria venceu por 1 x 0, em gol marcado por David Villa, que estava em impedimento. A Espanha avançou e chegou ao seu primeiro título mundial.

Protesto português

O presidente do comitê de arbitragem da UEFA é um espanhol, Ángel María Villar. O vice-presidente é um turco, Senes Erzik, que também é diretor da Unicef e foi o responsável pelo acordo de patrocínio entre o órgão da ONU e o Barcelona, clube espanhol.

Pois bem, o árbitro escolhido para o jogo Portugal x Espanha será um turco, Cuneyt Çakir. Este mesmo cidadão apitou a semifinal da Liga dos Campeões, Barcelona 2x2 Chelsea. Os ingleses se classificaram para a final, mas não deixaram de protestar a expulsão do zagueiro John Terry aos 37 minutos do primeiro tempo e o pênalti marcado de Drogba sobre Fàbregas aos dois minutos do segundo tempo.
Os portugueses não gostaram nem um pouco da nomeação de Çakir para o jogo decisivo contra os espanhóis. Responsáveis pela seleção portuguesa demonstraram certa revolta contra esta opção por parte da UEFA.

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF), inclusive, estuda a possibilidade de tomar posição pública e oficial contra esta decisão.

Não custa nada lembrar que Michel Platini, presidente da UEFA, ao fazer um balanço da fase de grupos da Euro, demonstrou: desilusão com a eliminação da Holanda, surpresa com a saída da Rússia e... Apostou em uma final entre Espanha x Alemanha, projetando uma reedição da final de 2008.

Neste caso, eu estou com os portugueses. E também acho que faz todo sentido o estado de alerta em que se encontra a seleção portuguesa e os seus responsáveis. 

domingo, 24 de junho de 2012

Inglaterra e Itália definem a semifinal da Euro



A Eurocopa se aproxima de seus momentos decisivos. Neste domingo acabam as quartas-de-final, ficando definidas as quatro seleções que disputarão as semifinais e buscarão a conquista do título do Velho Continente. Portugal, Alemanha e Espanha já estão classificados. E os alemães aguardam o resultado de hoje para conhecerem o seu adversário na semifinal.

Hoje, Inglaterra x Itália fecham as quartas-de-final, às 15h45, no estádio Olímpico de Kiev (Ucrânia). Criadores do futebol moderno, os ingleses, campeões mundiais em 1966, ainda correm atrás da primeira conquista continental. A seleção inglesa chegou desacreditada à competição, mas ficou em primeiro lugar no grupo D, sem perder nenhum jogo, com sete pontos conquistados.

Também invicta no torneio, a tetracampeã do mundo Itália ficou em segundo lugar no grupo C, fazendo cinco pontos (empatou os dois primeiros jogos por 1 x 1, contra Espanha e Croácia, e venceu a Irlanda na rodada final, 2 x 0). Os italianos, campeões europeus de 1968, tentam o segundo título da história.

Este será o primeiro confronto do tradicional clássico europeu em 10 anos. A última vez que Inglaterra x Itália se enfrentaram foi em março de 2002, com vitória italiana por 2 x 1, na cidade inglesa de Leeds.

O English Team não bate a Itália desde 1997, quando venceu por 2 x 0 no Torneio da França. No total, desde 1933, foram 22 jogos, com bastante equilíbrio entre os dois lados. A Itália venceu nove vezes e a Inglaterra sete (com seis empates). Curiosamente, embora tenha duas vitórias a menos, a Inglaterra marcou mais gols no geral, 28 x 26.


As semifinais ocorrerão na quarta e quinta-feira. Portugal x Espanha se enfrentam quarta-feira, 27/06, na Donbass Arena (Donetsk, Ucrânia). Alemanha x Inglaterra ou Itália jogam quinta-feira, 28/06, no Estádio Nacional (Varsóvia, Polônia). A grande final será no próximo domingo, no estádio Olímpico de Kiev (Ucrânia).

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Começam hoje as quartas-de-final da Euro 2012


O Campeonato Europeu de Futebol, ou UEFA Euro, como passou a ser conhecido a partir de 1996, terá hoje o início das quartas-de-final da sua 14ª edição, a Euro 2012, que se realiza na Ucrânia e na Polônia.

Criada em 1960, a competição de seleções da Europa conheceu, em 13 edições, nove campeões diferentes, com a antiga União Soviética conquistando o primeiro título e a Espanha sendo a atual campeã. A Alemanha, com seus três títulos (1972, 1980 e 1996), é a maior vencedora do torneio.

A Espanha, atual campeã europeia e mundial, enfrentará a Franças nas quartas-de-final e, se for campeã, poderá ser a primeira seleção a conquistar duas Euros de forma consecutiva.

Das oito seleções que estão nas quartas-de-final, seis já foram campeãs (Alemanha, Espanha, França, Itália, República Tcheca* e Grécia) e uma já foi finalista (Portugal). Apenas a Inglaterra, país onde surgiu o futebol moderno, nunca chegou, sequer, a uma decisão de Euro.

Dos jogos desta fase, os dois do final de semana serão os mais aguardados, pois reúnem quatro seleções europeias campeãs mundiais. A Espanha enfrenta a França e a Inglaterra pega a Itália.

Confira os confrontos que apontarão os quatro semifinalistas da Euro 2012:

21/06: República Tcheca x Portugal (Varsóvia, Polônia)
22/06: Alemanha x Grécia (Gdánsk, Polônia)
23/06: Espanha x França (Donetsk, Ucrânia)
24/06: Inglaterra x Itália (Kiev, Ucrânia)

Lista de campeãs:

Alemanha – 3
Espanha – 2
França – 2
União Soviética, República Tcheca*, Itália, Grécia, Dinamarca e Holanda – 1

*A República Tcheca é considerada a herdeira da antiga Tchecoslováquia, que foi campeã européia em 1976.

Boca defende vantagem em Santiago



Hoje à noite, a partir das 21h15m, Universidad de Chile x Boca Juniors decidem, no Estádio Nacional, em Santiago, qual será o adversário do Corinthians na final da Copa Libertadores 2012. O time argentino parte em vantagem, depois de ter vencido o jogo de ida, na Bombonera, por 2 x 0. Os chilenos, atuais campeões da Copa Sul-americana, acreditam que podem reverter a eliminatória para chegarem à decisão.

O Boca Juniors pode até perder por 1 x 0 para chegar à décima final de sua história. Os argentinos buscam um objetivo ainda maior: conquistar o sétimo título da Libertadores, o que igualaria o feito histórico de outro clube argentino, o Independiente. Com quatro conquistas nos anos 2000, o Boca se tornou o grande nome da competição continental no séc. XXI. Portanto, o time do astro Riquelme procura consolidar a sua supremacia com este título que entraria para a história.

Os donos da casa, Universidad de Chile, procuram chegar à primeira final da competição. Tal qual o Corinthians, que já está garantido na decisão, a La U nunca disputou o título da Libertadores. Já bateram na trave em três ocasiões, quando foram eliminados nas semifinais em 1970, 1996 e, mais recentemente, em 2010.

Para conquistar a vaga na decisão, La U precisará vencer por 2 x 0 para levar a definição para os pênaltis ou por três gols de diferença para eliminar o Boca Juniors sem necessitar das emoções das grandes penalidades.

Espera-se um grande jogo, pois o time chileno, que pratica um futebol ofensivo e envolvente, procurará de todas as formas pressionar o Boca Juniors. Os argentinos, por seu turno, experientes nesse tipo de competição, saberão jogar com a pressão do adversário e procurarão aniquilar o oponente de forma precisa. A noite será de muitas emoções.

Corinthians chega à primeira final



Naquele que pode ser considerado um dos mais importantes jogos da história do clássico alvinegro paulista, o alvinegro da capital, Corinthians, foi mais feliz ao fim dos 90 minutos e se deu melhor sobre o alvinegro do litoral, Santos. O Timão fez valer o seu mando de campo e a vantagem que conquistara na Vila Belmiro, para, com um empate em 1 x 1, chegar à primeira final da Libertadores de sua história.

O jogo não foi, tecnicamente, dos melhores de ser visto. Muito truncado, com o Corinthians jogando bem ao seu estilo – rigor defensivo acima de tudo – e o Santos inerte, sem a menor capacidade de criação, à espera unicamente dos lampejos de genialidade de Neymar, que, embora tenha feito o gol santista, não foi bem. Além disso, o árbitro marcou muitas faltas, várias delas desnecessárias, o que amarrou ainda mais o andamento do jogo.

Aos 35 minutos do primeiro tempo, Neymar, em um raro momento de lampejo, livrou-se da marcação, construindo a jogada que terminou no gol de 1 x 0 do Santos, marcado por ele mesmo, aproveitando o rebote do chute de Borges. O Peixe foi para o intervalo à frente do marcador, levando a decisão para os pênaltis.

No segundo tempo, Tite colocou Liedson em campo, buscando maior ofensividade. O Corinthians entrou decidido a retomar a vantagem na eliminatória. E, logo aos dois minutos, após cobrança de falta de Alex, Danilo fez o gol de empate, que daria a tão sonhada classificação ao time de Parque São Jorge.

Precisando da vitória, o Santos foi incapaz de pressionar o adversário. Ganso, grande maestro do meio-campo santista, andava em campo, nitidamente sem condições físicas para um jogo de alto nível. O jogador teve sua cirurgia adiada ao máximo e, quando passou pelo procedimento cirúrgico, deveria ter ficado, no mínimo, um mês em recuperação. Entretanto, o time da Vila Belmiro apressou o tratamento feito ao meia e o colocou em campo menos de três semanas depois da artroscopia ao joelho direito. Resultado: a jovem revelação se arrastou em campo, nos dois jogos.

Neymar, estrela principal do futebol brasileiro na atualidade, não conseguiu se livrar da boa marcação corintiana e, salvo o lance do gol santista, pouco conseguiu contribuir para o seu time.

Os corintianos, alheios aos problemas da falta de jogo coletivo santista, administraram o resultado até o apito final. Quando o jogo acabou, o Pacaembu celebrou em êxtase a primeira final continental do Timão.

O Corinthians chega invicto à final. Fato que não ocorria desde 2003, quando o Santos chegou à decisão sem derrotas. Naquele ano, o time brasileiro foi derrotado pelo Boca Juniors. Curiosidade: o Boca joga hoje a segunda partida da outra semifinal, contra a Universidad de Chile, e leva um 2 x 0 do primeiro jogo como vantagem. 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O momento da verdade na Libertadores



Corinthians e Santos, que já decidiram Campeonato Brasileiro (em 2002, com triunfo santista), fazem hoje o mais importante clássico dos alvinegros paulistas em toda a história dos confrontos. Os rivais decidem, no estádio do Pacaembu, uma vaga na final da Copa Libertadores. Para o Corinthians, conquistar a principal competição continental é uma verdadeira obsessão. Os corintianos partem em vantagem, após terem vencido o jogo de ida, na Vila Belmiro, por 1 x 0. Já o Santos, comandado pelo craque Neymar, busca, no ano em que celebra o centenário, chegar ao quarto título da Libertadores, o que tornaria o alvinegro praiano o clube brasileiro com mais conquistas continentais. O jogo será hoje à noite, às 21h50, no estádio do Pacaembu, em São Paulo.

Maior vencedor na história do clássico, 123 vitórias em 306 jogos, o Corinthians nem precisa de vencer para chegar à primeira final da Libertadores de sua história. Com a vantagem alcançada no jogo de ida, o alvinegro de Parque São Jorge joga pelo empate para manter vivo o sonho de conquistar, finalmente, o torneio continental. Para isso, o Timão conta com um trunfo importante nesta edição do torneio: está invicto no Pacaembu. Mais do que a invencibilidade, o Corinthians demonstra total superioridade quando joga em casa, com 13 gols marcados e nenhum sofrido, em cinco jogos realizados na capital paulista na atual Libertadores.

Para não ver frustrado um de seus principais objetivos no ano do centenário, o Santos precisará contar com o melhor de suas duas grandes estrelas: Neymar e Ganso. Ambos não foram bem no jogo de ida, em que o Peixe foi derrotado pelo Timão. Neymar cansado pela maratona de jogos e vindo dos EUA, onde estava com a seleção brasileira, jogou nitidamente abaixo do que lhe é esperado. Ganso, por sua vez, retornou de uma artroscopia no joelho direito. O meia atuou meio que no sacrifício, pois a expectativa era de, no mínimo, um mês de recuperação, e ele voltou a campo com menos de três semanas.

O time santista, para chegar à final, terá que fazer algo que ainda não fez na Libertadores 2012: vencer uma partida fora de casa. O Santos, em cinco jogos, perdeu quatro vezes e o máximo que conseguiu foi um empatezinho de 1 x 1 no Beira-Rio, contra o Internacional. Neymar, Ganso e cia terão mesmo que se superar para ultrapassar o forte esquema do Corinthians que, como dissemos, ainda não perdeu no Pacaembu nesta Libertadores.

Quem avançar para a decisão da competição, representará o Brasil contra ou o argentino Boca Juniors ou o chileno Universidad de Chile, que se enfrentam amanhã, em Santiago. O Boca venceu por 2 x 0 na Bombonera e pode até perder por 1 x 0 para continuar na luta pelo seu sétimo título continental.

Retomando as atividades

O blog passou um tempo inativo (quase um mês), pois este blogueiro esteve realmente sem tempo para poder se dedicar a este espaço. Correria de final de semestre, aliado ao estágio, fizeram com que a combinação (falta de) tempo e cansaço impedissem que escrevesse para o blog.

Mas a expectativa é de que, a partir de hoje, o blog volte à ativa.

Como hoje tem semifinal da Libertadores, com um jogão Corinthians x Santos, talvez o mais importante clássico alvinegro paulista da história, o blog volta com tudo!

Amanhã começam as quartas-de-final da Euro 2012, com República Tcheca x Portugal. O blog falará sobre o jogo e, claro, sobre a Euro (já que ainda não foi publicado texto sobre esta competição).

Abraços a todos!