sexta-feira, 25 de maio de 2012

Athletic Bilbao x Barcelona - Muito mais que uma final



Hoje acontece a final Copa (do Rei) da Espanha, no estádio Vicente Calderón, em Madri. Estarão frente a frente os dois maiores vencedores da competição, Barcelona (25 títulos) e Athletic Bilbao (24 triunfos). Esta final, entretanto, não marcará apenas a decisão pela supremacia nas Copas espanholas.

Uma final entre Barcelona e Athletic Bilbao é extremamente simbólica. Os dois clubes são verdadeiros ícones de seus povos, o catalão (Barcelona) e o basco (Athletic Bilbao, sobre este já escrevemos Athletic Bilbao - o ícone de um povo). Se uma decisão entre os dois grandes símbolos das resistências nacionalistas da Catalunha e País Basco não fosse o suficiente para tornar este jogo especial, a final não poderia ser em uma cidade mais adequada: Madri, a capital do Reino da Espanha.

Por isso, o jogo que decidirá a Copa da Espanha é muito mais que uma final. É um confronto de dois símbolos, ícones de resistência de dois povos que não se conformam e se recusam a abaixarem suas cabeças ante o poder central do Reino de Espanha.

A final deveria acontecer no estádio Santiago Bernabéu, de propriedade do Real Madrid, clube associado à ditadura fascista de Francisco Franco, Regime autoritário que perseguiu de forma implacável os nacionalistas e restringiu, inclusive, direitos dos dois clubes finalistas da edição 2012 da Copa. Ciente da conotação extra-futebol que esta final teria, o Real Madrid se recusou a ceder o seu estádio para a decisão.

A Federação Espanhola manteve o jogo na capital do Reino, mas decidiu que a final seria no Vicente Calderón, do Atlético Madrid. Mas isso não impedirá, de forma alguma, que bascos e catalães se unam em manifestações contra o centralismo espanhol.

Cerca de 40 a 50 mil torcedores do Athletic Bilbao são esperados em Madri, para apoiarem seu clube na busca por um título que o clube não conquista desde 1984. Os torcedores do Barcelona também marcarão presença e lotarão o espaço destinado aos culés no Vicente Calderón.

A expectativa é união entre leones e culés no dia de hoje, com confraternização entre os apoiantes dos dois clubes. Além disso, espera-se que bascos e catalães se juntem em protestos dentro do estádio. A expectativa é de que os bascos levem bandeiras da Euskal Herria (ikurriña) e os catalães levem as bandeiras da Catalunya (senyera), a fim de demonstrarem o seu nacionalismo.

Para além das bandeiras, é previsível que leones e culés repitam a estrondosa vaia ao hino nacional espanhol que se verificou na final da Copa da Espanha de 2008/09, quando Athletic x Barcelona se enfrentaram em Valência. Naquela ocasião, o Athletic saiu na frente, mas o Barcelona virou, fez 4 x 1 e se tornou o “rei de copas” ao conquistar sua 25ª copa, contra 24 dos bascos.

Nas redes sociais, como o Facebook, catalães e bascos compartilharam, esta semana, imagens como a que pode ser vista ao lado: com as bandeiras basca e catalã; um apito com o símbolo de proibição à coroa; e escrito, nas duas línguas: “Bascos (Catalães) não têm rei”.

Falando sobre futebol

Vice-campeão espanhol, o Barcelona busca salvar a temporada com a conquista da Copa da Espanha, na despedida do técnico Pep Guardiola. Parece inacreditável, mas ao considerado melhor time do mundo só resta o triunfo na Copa para levantar um troféu de referência na temporada 2011/12.

Já o Athletic Bilbao, décimo colocado no campeonato nacional e finalista vencido da Liga Europa, procura sair de uma fila de 28 anos. Desde 1983/84, quando conquistaram o doblete (Campeonato e Copa), os leones não ganham um título.

A final colocará frente a frente dois times que jogam futebol ofensivo e que encantam os apaixonados por esse estilo de jogo. O Barcelona de Pep Guardiola supercampeão, aliando a conquista de 13 títulos com um futebol espetacular e envolvente. O Athletic com o argentino “El Loco” Bielsa ressurgiu e empolgou, principalmente na trajetória para a final da Liga Europa, os fãs do futebol envolvente e audacioso.

Para chegar até a final, o Athletic eliminou Oviedo, Albacete, Mallorca e, na semifinal, o surpreendente Mirandés; em oito jogos, venceu sete e empatou um, estando invicto no torneio; marcou 17 gols e sofreu apenas três. Já o Barcelona, ultrapassou L’Hospitalet, Osasuna, Real Madrid e Valencia (trajeto bem mais complicado); invicto, venceu seis e empatou dois dos oito jogos; marcou 23 gols e sofreu cinco.

Em 2011/12, os clubes se enfrentaram duas vezes em La Liga. No San Mamés, em Bilbau, um empate por 2 x 2. No Camp Nou, o Barcelona fez 2 x 0.

Histórico de confrontos em finais

O Athletic Bilbao se considera o primeiro campeão da Copa da Espanha, uma vez que o primeiro campeão foi o Club Bizcaia, que era um time formado pela união do Athletic Club e Bilbao Football Club. Estes dois times de Bilbau se juntaram para a disputa da primeira edição da Copa da Espanha e venceram a competição, batendo o Barcelona na final, por 2 x 1. No ano seguinte, os dois clubes que formaram o Club Bizcaia se uniram formalmente e deram origem ao Athletic Club Bilbao. Por essa razão, o Athletic considera o ano de 1898 (ano de fundação do Athletic Club) como o ano de sua fundação e assume como seu o título do Bizcaia na Copa da Espanha de 1902.

Contando com a final de 1902, ao todo Athletic x Barcelona já decidiram o título da Copa em sete ocasiões. O Athletic venceu três vezes (1902, 1932 e 1984) e o Barcelona quatro (1920, 1942, 1953 e 2009).

Como já foi dito anteriormente, em 1983/84 o Athletic conquistou o doblete, ou seja, foi campeão espanhol e da Copa da Espanha. Foi o último ano em que o time basco conquistou um título.



Ficha Técnica

Local: Estádio Vicente Calderón, em Madri
Data: 24/05/2012, sexta-feira
Horário: 17h (de Brasília)
Árbitro: David Fernández Borbalán

Athletic Bilbao: Iraizoz; Iraola, Javi Martínez, Amorebieta e Aurtenetxe; Iturraspe, De Marcos e Herrera; Susaeta, Muniain e Llorente. Técnico: Marcelo Bielsa.

Barcelona: Pinto; Montoya, Mascherano, Piqué e Adriano; Sergio Busquets, Xavi e Iniesta, Pedro, Messi e Alexis Sanchéz. Técnico: Josep Guardiola.


PS. Vaias ao hino da Espanha, final da Copa 2008/09:



Definidas as semifinais da Libertadores



Foi difícil, mas o Santos conseguiu vencer o Vélez Sarsfield por 1 x 0 e levar a decisão para os pênaltis, em que se saiu melhor e pôde celebrar a classificação para a semifinal da Libertadores.

Mesmo jogando com um a mais desde a expulsão do goleiro Barovero aos 41 minutos do primeiro tempo, o Santos encontrou imensa dificuldade para penetrar a retranca armada pelo time argentino. Com Ganso limitado fisicamente (faz hoje artroscopia no joelho direito) e Neymar muito bem marcado, o jogo ofensivo santista, sem inspiração, não fluiu. Restou ao alvinegro praiano jogar na base do abafa e ter paciência até conseguir quebrar o ferrolho do Vélez.

Alan Kardec marcou o gol da vitória santista aos 33 minutos, pouco tempo depois de ter falhado um gol cara a cara com o goleiro Montoya, lembrando o erro de Diego Souza, que custara, na noite anterior, a eliminação do Vasco. Mas Alan Kardec, ao contrário de Diego Souza, redimiu-se e pôs o Santos em vantagem no jogo e empatou a eliminatória.

O Vélez, que se defendeu desde o primeiro minuto de jogo e ainda tinha apertado o ferrolho quando ficou com 10 jogadores em campo, continuou a se defender como pôde, tentando levar o jogo para os pênaltis. Conseguiu.

Mas, nos pênaltis, o Santos foi mais eficaz, convertendo suas quatro cobranças. Enquanto os argentinos falharam duas. Final, Santos 4x2 nas grandes penalidades e o Peixe se mantém na briga pelo seu segundo bicampeonato da Libertadores.

Na semifinal, haverá um clássico paulista. Santos x Corinthians, atuais campeões da Libertadores e do Brasil, farão, certamente, uma eliminatória muita equilibrada na busca pelo acesso à grande final da competição.

Curiosidade

Na última vez que o Corinthians chegou à semifinal da Libertadores, em 2000, o time do Parque São Jorge também enfrentou um rival paulista. Na ocasião, o adversário foi o rival Palmeiras.

Foram dois grandes jogos, com o Corinthians vencendo o primeiro, por 4 x 3, e o Palmeiras vencendo o segundo, 3 x 2. A decisão foi para os pênaltis e o alviverde se deu melhor: 5 x 4.

Na final, o Palmeiras foi derrotado pelo Boca Juniors, que conquistou o primeiro de seus quatro títulos da Libertadores nos anos 2000. Curiosamente, o Boca Juniors está na outra semifinal da atual edição do torneio, podendo vir a fazer mais uma final contra o vencedor de uma semifinal de clássico paulista.

Universidad de Chile pega o Boca Juniors

Como já foi dito, um dos times que ainda está em disputa é o Boca Juniors, que busca o quinto título nos anos 2000, seu sétimo da história (para, assim, poder se igualar ao Independiente como maior campeão da Libertadores). E o adversário do Boca será a Universidad de Chile, que eliminou, também nos pênaltis, o Libertad, do Paraguai.

Invicta em casa, a La U empatou em 1 x 1, como tinha acontecido no Paraguai, e teve que decidir nos pênaltis a quarta vaga da semifinal da Libertadores. Foi mais eficaz, fez 5 x 3 e avançou na competição.

Atual campeã da Copa Sul-Americana, a La U deverá fazer uma bela semifinal contra o tradicional time argentino.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Semifinal brasileira ou argentina?



Hoje à noite Santos x Vélez Sarsfield fazem o segundo jogo das quartas-de-final da Libertadores e decidirão se haverá uma semifinal brasileira ou argentina na competição. Se o Vélez manter a vantagem do jogo de ida (venceu por 1 x 0 no El Fortin, gol de Obolo) e se classificar, vai disputar com o Boca Juniors uma vaga na final. Caso o Santos dê a volta ao resultado e ultrapasse os argentinos, fará um clássico paulista na semifinal, contra o Corinthians. Isso por conta do regulamento da Libertadores, que prevê o confronto de times do mesmo país caso dois clubes cheguem à semifinal.

O Santos de Neymar e Ganso (que fará uma artroscopia no joelho direito após o jogo) se encontra na mesma situação em que estava o Fluminense ontem, também frente a um argentino. Os santistas precisam vencer por dois gols de diferença para irem à semifinal. Se o jogo ficar 1 x 0 para o Santos, a decisão será nos pênaltis. Marcando um gol, o Vélez terá grande vantagem, pois forçará o Santos a vencer obrigatoriamente por dois gols.

O Vélez, campeão em 1994 e semifinalista em 2011 (eliminado pelo Peñarol), foi líder no grupo 7, com 12 pontos ganhos (4 vitórias e 2 empates), e passou pelo Atlético Nacional da Colômbia nas oitavas-de-final, com uma vitória fora (1 x 0) e um empate em casa (1 x 1). Suas únicas derrotas foram na altitude de Quito e na última rodada da fase de grupos, quando já estava classificado e em primeiro lugar.

Portanto, o Santos, que foi o primeiro do grupo 1 (que tinha o Internacional), terá vida difícil diante do bom time do Vélez. Não é de se esperar a mesma facilidade que o Peixe encontrou diante do Bolívar, no jogo de volta das oitavas-de-final (quando os santistas aplicaram uma goleada histórica, 8 x 0).

O alvinegro praiano contará com a pressão do alçapão da Vila Belmiro, além do talento acima da média de Neymar, para poder tentar ultrapassar o Vélez e, assim, continuar em busca da quarta Libertadores da história.

O outro jogo da noite

Universidad de Chile e Libertad definem, às 21h30m (horário de Brasília), no Estádio Nacional, em Santiago do Chile, o quarto semifinalista da Libertadores. O jogo de ida ficou empatado em 1 x 1, então a La U, atual campeã da Copa Sul-americana, joga por  um empate de 0 x 0 para ir adiante. O time chileno ainda não perdeu em casa na atual Libertadores e, em quatro jogos, marcou 15 gols e sofreu apenas três. Não será fácil para o Libertad ultrapassar a Universidad de Chile e seu bom futebol.

Ficha Técnica – Santos x Vélez Sarsfield

Data: 24/05/2012
Horário: 20h (horário de Brasília)
Local: Vila Belmiro (SP)
Árbitro: Roberto Silvera (URU). Assistentes: Mauricio Espinosa (URU) e Miguel A. Nievas (URU).

Santos: Rafael; Henrique, Edu Dracena, Durval e Juan; Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Alan Kardec. Técnico: Muricy Ramalho.

Vélez Sarsfield: Barovero; Peruzzi; Cubero; Sebá Dominguez e Papa; Fernández; Canteros; Zapata e Cabral; Juan Martínez e Obodo. Técnico: Ricardo Gareca.

Boca Juniors e Corinthians, supremacia e sonho



As classificações de Boca Juniors e Corinthians para a semifinal da Copa Libertadores não poderiam ter ocorrido de forma mais emocionante. Ambos marcaram seus gols já no fim da partida, evitando, assim, que ambas as decisões fossem para os pênaltis. O Boca empatou por Santiago Silva aos 45 minutos do segundo tempo. O Corinthians chegou ao 1 x 0 por intermédio de Paulinho, aos 43 do segundo tempo.

Fluminense 1x1 Boca Juniors - Em busca da supremacia continental

O primeiro jogo da noite foi no Estádio do Engenhão e o Fluminense precisava de uma vitória simples para levar a decisão para os pênaltis ou de uma vitória por dois gols de diferença para avançar diretamente às semifinais.

O tricolor dominou o primeiro tempo e chegou à justa vantagem antes do intervalo, com um gol de sorte de Carleto (ele bateu uma falta, a bola desviou e o goleiro Orión do Boca, muito mal no lance, aceitou o gol).
Com a eliminatória empatada, o Boca Juniors deixou de lado a postura mais cautelosa do primeiro tempo e passou a discutir mais o jogo com o time das Laranjeiras, adiantando a marcação e pressionando mais a meio-campo. Com isso, o Fluminense não conseguiu repetir a superioridade da primeira etapa e foi perdendo espaço no ataque, tendo poucas chances de chegar ao segundo gol, que seria da classificação.

Sem conseguir imprimir seu jogo de toque de bola, mas se livrando da pressão que havia sofrido no primeiro tempo, o Boca fez uma segunda parte equilibrada. E, experiente nesta competição, o time Xeneize ficou apenas à espera de uma boa oportunidade para aniquilar o Fluminense. Dito e feito. Na primeira vez que os jogadores conseguiram fazer três passes, o Boca chegou na cara do gol tricolor e Santiago Silva, aproveitando o rebote após a bola bater na trave e Diego Cavalieri tirar de cima da linha, marcou, aos 45 do segundo tempo, o 1 x 1 dá classificação dos argentinos.

Restando apenas os acréscimos para marcar dois gols, o Fluminense, mais uma vez, sucumbiu na principal competição do continente. Já o Boca, seis vezes campeão, parte embalado rumo ao sétimo título, tentando se igualar ao Independiente como maior campeão da Libertadores.

Corinthians 1x0 Vasco - "O sonho comanda a vida"

No Pacaembu lotado, o Corinthians manteve acesa a esperança da Fiel de, finalmente, ver o Timão campeão da Libertadores. Em um jogo fraco, o Corinthians foi aquele que mais procurou a vitória, assumindo as ações do jogo e se lançando mais para o ataque. Porém, isto não significa que houve qualidade no jogo corintiano. Enquanto o Vasco entrou apostando exclusivamente no contra-ataque, como se o 0x0 estivesse em seu favor e não levasse a decisão para os pênaltis.

O jogo foi equilibrado, assim como fora a eliminatória na soma dos dois confrontos. Mas o equilíbrio tem a marca nítida da falta de qualidade. Independentemente de qual dos times passasse, não se poderia dizer que venceu o melhor, mas sim o menos ruim ou, no caso, o mais eficaz.

E o Corinthians foi mais eficaz que o Vasco. Diego Souza perdeu um gol de forma inaceitável. O jogador cruz-maltino se isolou, teve todo o tempo do mundo para escolher onde e como bater na bola, mas optou mal, executou pior ainda e permitiu que Cássio virasse herói em um jogo que cometeu, pelo menos, quatro falhas.

A este nível competitivo, falhas como a de Diego Souza, geralmente costumam pagar caro. Se tivesse marcado, Diego Souza teria praticamente assegurado a classificação do Vasco (o Corinthians precisaria de marcar dois gols para avançar). Mas ele falhou. E aos 43 minutos, em um lance de escanteio, Paulinho cabeceou para dentro do gol de Fernando Prass.

Euforia no Pacaembu! Os corintianos, tensos e preocupados, puderam gritar, em tom de alívio, o gol da classificação. O Corinthians chega à sua primeira semifinal de Libertadores desde 2000 e alimenta o sonho de conquistar o torneio pela primeira vez.

Os jogos de hoje à noite determinarão os confrontos das semifinais. Se o Santos eliminar o Vélez, haverá semifinal brasileira – um clássico paulista, Santos x Corinthians. Caso o Vélez segure a vantagem do jogo de ida e passe pelo Santos, haverá um clássico argentino – Boca Juniors x Vélez. Só nos resta esperar pelo que a noite de hoje nos reserva.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Noite decisiva para três brasileiros na Libertadores


A noite desta quarta-feira reserva muita emoção para as torcidas de três clubes brasileiros. Corinthians, Vasco e Fluminense farão, logo mais, seus jogos de volta nas quartas-de-final da Copa Libertadores. Corinthians x Vasco fazem o duelo brasileiro, assegurando, portanto, uma vaga nacional na semifinal da competição. Já o Fluminense, receberá o Boca Juniors no Engenhão, precisando reverter a desvantagem do jogo de ida para ser o segundo brasileiro a garantir vaga entre os quatro melhores do continente.

Com 2008 na memória, Fluminense recebe o Boca em desvantagem



Apesar de ter obtido a melhor campanha da competição na fase de grupos, o Fluminense não teve vida fácil a partir das fases eliminatórias. Primeiro teve que enfrentar o Internacional e, agora, enfrenta o Boca Juniors, maior campeão da Libertadores deste milênio (4 títulos desde 2000).

Na partida de ida, no Estádio La Bombonera, o Fluminense foi derrotado por 1 x 0, com gol de Pablo Mouche. Por isso, precisa reverter a desvantagem, para poder avançar no torneio. O Fluminense precisa de uma vitória por dois gols de diferença para ir à semifinal. Se vencer por 1 x 0, a vaga será decidida nos pênaltis.

Quando se enfrentaram na fase de grupos, o Fluminense foi vencer na Bombonera (2 x 1, com gols de Fred e Deco, que estarão ausentes do jogo de hoje), mas, em compensação, perdeu em casa, no Engenhão, por 0 x 2. Ou seja, o Fluminense precisará de um rendimento bem superior no confronto, em comparação aos jogos do grupo 4.

A esperança tricolor, entretanto, é repetir o feito de 2008, ano em que eliminou o Boca na semifinal da Libertadores, avançando para a final, onde foi derrotado pela LDU. Naquela ocasião, o Fluminense havia empatado, 2 x 2, na Bombonera, e, na volta, venceu de virada, no Maracanã, por 3 x 1.

As ausências de Fred e Deco poderão ser muito sentidas, pois, claramente, são dois dos melhores jogadores do time carioca. Além disso, o Boca Juniors vem em uma crescente de rendimento, com Riquelme demonstrando lampejos de seus melhores momentos. Certamente, teremos um grande jogo e o Fluminense não terá vida fácil para chegar à semifinal.

Ficha Técnica

Data: 23/05/2012, quarta-feira
Horário: às 19h30m (de Brasília)
Local: Estádio do Engenhão, Rio de Janeiro (RJ) 
Árbitro: Enrique Osses (Chile). Assistentes: Francisco Mondría e Carlos Astroza (ambos do Chile).

Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Anderson e Carleto; Edinho, Jean e Wagner; Rafael Sóbis, Thiago Neves e Rafael Moura. Técnico: Abel Braga.

Boca Juniors: Orion; Roncaglia, Schiave, Inssauralde e Clemente Rodriguez; Rivero, Erbes, Erviti e Riquelme; Mouche (Cvitanich) e Santiago Silva. Técnico: Julio Cesar Falcioni.

Corinthians em busca de sua obsessão, Vasco sonhando com o bi



Depois do polêmico 0 x 0 no jogo de ida, em que um gol de Alecsandro, do Vasco, foi anulado e até hoje se discute se o jogador realmente estava ou não impedido (inclusive, com questionamentos se o tira-teima de uma determinada emissora de televisão estaria ou não correto), Corinthians x Vasco se enfrentam às 22h no Pacaembu para definirem uma das vagas na semifinal da Libertadores.

Campeão em 1998, Vasco busca o bicampeonato continental. Mas, para isso, precisará chegar à semifinal antes. E o clube carioca não atinge esta fase do torneio desde quando foi campeão.

O Corinthians, que nunca foi campeão da Libertadores (e já viu os rivais Santos e São Paulo ganharem três vezes e o Palmeiras ganhar uma vez), tem como grande obsessão a conquista do principal torneio de clubes da América do Sul. Jogando em casa, os corintianos farão de tudo para chegarem à primeira semifinal desde 2000 (quando foram eliminados pelo rival Palmeiras) e, assim, continuarem a sonhar com a tão desejada Copa Libertadores.

Para além de decidir em casa, onde obteve quatro vitórias em quatro jogos realizados na Libertadores 2012, o Corinthians tem ao seu favor o fato de ainda estar invicto na competição e contar com a ausência do zagueiro Dedé, principal referência defensiva do Vasco.

Aos cruz-maltinos, resta o alento de não precisarem vencer o Corinthians para seguirem adiante. Basta um empate com gols (e o Vasco marcou gols em todos os jogos fora de casa este ano) para que os cariocas avancem. Ou seja, o Corinthians corre o risco de ser eliminado invicto. O Vasco tentará, também, jogar com a pressão sobre os atletas corintianos, uma vez que a Libertadores é a grande obsessão da “Fiel”.

Teremos um jogo extremamente equilibrado, tenso e emocionante esta noite. O Corinthians não cogita a possibilidade de ser eliminado no Pacaembu lotado. O Vasco pretende calar o Pacaembu e seguir sonhando com bicampeonato.

Ficha Técnica

Data: 23/05/2012, quarta-feira
Horário: às 22h (de Brasília)
Local: Estádio do Pacaembu, São Paulo (SP) 
Árbitro: Leandro Vuaden (RS). Assistentes: Altemir Haussmann e Carlos Berkenbrock (ambos do RS).

Corinthians: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castan e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo; Jorge Henrique e Emerson Sheik. Técnico: Tite

Vasco: Fernando Prass; Fagner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri; Romulo, Nilton, Juninho (Felipe) e Diego Souza; Eder Luis e Alecsandro. Técnico: Cristóvão Borges

domingo, 20 de maio de 2012

As festas das Copas



As Copas nacionais são, de modo geral, competições em que clubes de menor expressão podem sonhar em conquistar um título nacional. Por conta de seu formato de disputa (em sistema eliminatório), há sempre a possibilidade de um time mais fraco poder eliminar o time mais forte e, assim, traçar uma trajetória vitoriosa e alcançar a glória de uma conquista histórica.

Em 2000, por exemplo, o Calais, um clube amador da França, chegou à final da Copa daquele país. Contando com jogadores que dividiam os treinos com suas profissões (professores, estivadores, secretários/empregados de escritórios, etc.), o Calais viu o sonho da Copa cair diante do Nantes, que é o terceiro maior campeão francês. Embora não tenha sido campeão, o simples fato de o Calais ter chegado à decisão, demonstra como as Copas podem ser uma festa para os pequenos.

O Chelsea, antes de ser adquirido pelo bilionário russo, só tinha um campeonato inglês (ganho em 1955), mas tinha três Copas da Inglaterra (duas delas ganhas em 1997 e 2000). No Brasil, já vimos Criciúma, Juventude, Santo André e Paulista serem campeões na Copa do Brasil.

Pois bem esta introdução toda foi para falar dos títulos do Napoli e da Académica de Coimbra, que foram campeões da Coppa da Italia e da Taça de Portugal, respectivamente. O Napoli pôde celebrar seu primeiro título desde 1990. A Académica voltou a ganhar um título de primeira grandeza em 73 anos.

Napoli de volta às glórias

Até os anos 1980, o Napoli não passava de um clube mediano do sul da Itália. Até então, só havia conquistado duas Copas da Itália. Mas tudo mudou após a chegada de um tal Diego Armando Maradona.

Com o craque argentino envergando a mítica camisa 10, o Napoli viveu seus maiores momentos de glórias. Foi campeão italiano duas vezes (1987 e 1990), ganhou uma Coppa Italia (1987), uma Copa UEFA (1989) e uma Supercopa italiana (1990).

Após a saída de Maradona, o clube passou por muitos problemas e perdeu competitividade. Em 1997 disputou a final da Copa, mas foi derrotado pelo Vicenza. O clube chegou a falir e a deixar de existir em 2004. Mas os esforços de Aurelio de Lorentiis fizeram com que o time ressurgisse e recomeçasse tudo de baixo, desde a Serie C1 até voltar à elite do futebol italiano.

Nos últimos anos, o Napoli voltou a brigar pelas primeiras colocações na Serie A italiana. Em 2010/11 ficou em terceiro lugar no Campeonato, posição que permitiu aos napolitanos que voltassem a disputar a Liga dos Campeões (em que chegaram às oitavas-de-final e foram eliminados pelo campeão Chelsea).

Curiosamente, o primeiro título conquistado em 22 anos surgiu diante do último clube que havia sido derrotado pelos napolitanos em uma final, a Juventus. Antes da Coppa Italia 2012, o Napoli havia ganho o Campeonato Italiano de 1989/90 e a Supercopa Italiana de 1990. No dia 1 de setembro de 1990, o eterno ídolo Maradona ergueu o troféu de campeão da Supercopa após uma goleada histórica sobre a Juventus: 5x1 no Estádio San Paolo. Hoje, 20 de maio de 2012, Paolo Cannavaro levantou a primeira taça napolitana em 22 anos, após uma vitória sobre a mesma Juventus, 2x0.

O título de hoje, foi o coroar do ressurgimento do Napoli.

Académica supreende em Portugal

Primeiro clube campeão da Taça de Portugal, na longínqua temporada 1938/39, quando bateu o Benfica por 4x3 na final, em Lisboa, no Campo das Salésias (primeiro campo relvado de Portugal, que pertencia ao Belenenses), a Académica de Coimbra hoje celebrou, 73 anos depois, mais uma conquista no segundo principal torneio português.

Todos esperavam pela 16ª conquista do Sporting na competição. Sporting que terminou a época embalado, depois que Sá Pinto assumiu o comando técnico do time. Mas foi a Académica do treinador Pedro Emanuel, e que tinha brigado até a última rodada contra o rebaixamento no Campeonato Português, que se deu melhor e celebrou o título.

Com o gol solitário de Marinho, aos 4 minutos de jogo, a Académica segurou o 1x0 sobre o Sporting e, ao final, ergueu a Taça de Portugal pela segunda vez em sua história. O primeiro campeão, finalmente, voltou a levantar este troféu.

A conquista da Académica demonstra que, se no Campeonato Português os clubes menores não têm chance (em toda a história, somente duas vezes o campeão não foi um dos grandes – Belenenses em 1946 e Boavista em 2001), na Taça de Portugal há maior possibilidade de celebrarem. Foram 17 as vezes que um time “não grande” conquistou o segundo maior torneio português – Boavista 5; Vitória de Setúbal 3; Belenenses 3; Académica 2; Sporting Braga, Beira-Mar, Leixões e Estrela da Amadora 1.

Ao contrário do título do Napoli, a Taça de Portugal da Briosa não reflete um ressurgimento, mas representa um feito histórico por parte de um tradicional clube do futebol português.

Parabéns ao Napoli e à Académica. E viva as festas das Copas!


PS. Na imagem que abre o texto veem-se duas fotos: uma do Napoli nos tempos áureos de Maradona e a outra é da Académica de 1939, campeã da primeira Taça de Portugal.

Chelsea conquista a sua primeira Liga dos Campeões



Chelsea x Bayern Munique chegaram à final contrariando as expectativas e desejos da imensa maioria dos apaixonados por futebol, que esperavam um Barcelona x Real Madrid na final. Mas por se tratar da final da maior competição de clubes mundial, os fãs do futebol esperavam que ingleses e alemães fizessem um grande jogo e que proporcionassem bons momentos de se assistirem.

Mas não foi isso o que aconteceu. O Chelsea, com o seu “catenaccio” travou o jogo por completo, fazendo com que o Bayern Munique, único time que verdadeiramente procurou a vitória durante os 120 minutos de partida, não conseguisse superar o “ferrolho” ou a “porta trancada” dos Blues. Resultado, 1x1 ao fim do tempo normal e da prorrogação e título decidido nos pênaltis, em que Cech brilhou e o Chelsea conquistou a sua tão desejada Liga dos Campeões (verdadeira obsessão do proprietário russo, Roman Abramovich, que investiu, em nove anos, cerca de 946 milhões de Euros até tornar o seu sonho em realidade).

Para quem gosta de futebol, não foi um jogo agradável de ser visto.  O que vai de encontro ao que o “catenaccio” preconiza, que é o resultado pelo resultado, sem se preocupar minimamente com a beleza do espetáculo nem mesmo com a estética tática dentro de campo. Portanto, foi um jogo de direção única, com o Bayern Munique atacando e tentando destrancar a porta fechada pelo Chelsea, que por vezes se defendia com os DEZ jogadores de linha.

Thomas Müller marcou para os bávaros aos 38 minutos do segundo, fazendo justiça ao jogo, dando a vitória ao time que procurou o êxito durante, até então, 83 minutos de partida.

Porém, Didier Drogba, em uma das poucas chances do Chelsea, foi extremamente eficaz e empatou o jogo quando faltavam apenas dois minutos para os 45. O Chelsea, bem ao estilo da filosofia do “catenaccio”, conseguia chegar ao empate e levar a decisão para a prorrogação. Drogba se tornou o terceiro africano a marcar gol em final da Liga dos Campeões, o que, de certa forma, foi um presságio (sobre isso falaremos mais abaixo).

Logo no começo da prorrogação, Drogba passou de herói a vilão. Herói por ter marcado o gol de empate, vilão por ter feito pênalti desnecessário em Ribéry. Contudo, Cech estava no gol e Robben não foi capaz de bater o gigante tcheco. O Bayern desperdiçava, assim, uma grande chance de se adiantar no marcador.

Na prorrogação, o cenário do jogo não mudou em nada. Apenas o Bayern procurou, de forma contínua, chegar ao gol da vitória. Os alemães ainda tiveram algumas chances para além do pênalti desperdiçado, mas não foram eficazes e não marcaram o gol do título. O jogo seria decidido nas grandes penalidades.

Nos pênaltis, os alemães não foram tão felizes quanto tinham sido nas semifinais, frente ao Real Madrid no Santiago Bernabéu. Os ingleses, que haviam perdido a sua única final de Liga dos Campeões, quatro anos antes, também nos pênaltis, desta vez se deram melhor e, finalmente, conseguiram erguer o troféu mais cobiçado por um clube europeu, o de campeão continental.

A solidez defensiva e a entrega total dos jogadores do Chelsea, comandados por Roberto di Matteo e sua filosofia do “catenaccio”, deram ao clube londrino o direito de disputar a decisão da Liga dos Campeões (foi assim que bateram o Barcelona na semifinal) e, na final, levaram os Blues aos pênaltis e ao sonhado título.

Bayern – dois marcos históricos negativos

O Bayern Munique poderia, ontem, ter se tornado o terceiro clube a conquistar a Liga dos Campeões jogando em casa (já que a decisão foi na Allianz Arena, estádio onde os bávaros mandam seus jogos). Também poderia ter conquistado a quinta Liga dos Campeões de sua história, igualando-se ao Liverpool como terceiro maior vencedor do torneio.

Mas, nada disso aconteceu. O Bayern, com a derrota, passou a ser o segundo clube a perder uma final em casa, repetindo o fracasso da Roma em 1983/84, quando os italianos também perderam nos pênaltis e para um clube inglês, o Liverpool.

Outra marca negativa, para o Bayern, foi ter se juntado a Juventus e Benfica como os maiores derrotados em finais do torneio. Agora, os três clubes lideram o ranking dos que perderam mais decisões, cinco no total.

Bayern e os ingleses na final

O Bayern Munique já disputou nove finais da Liga dos Campeões, perdendo apenas para Real Madrid (12) e Milan (11) em número de finais disputadas. Das nove decisões que disputou, o Bayern venceu quatro e perdeu cinco.

Por quatro ocasiões os alemães tiveram ingleses pela frente. E o saldo não é nada positivo. Apenas na primeira final contra um inglês é que os bávaros se deram melhor – bateram o Leeds em 1975. Em 1982, 1999 e agora em 2012, o Bayern perdeu para Aston Villa, Manchester United e Chelsea.

Bayern três vice-campeonatos em um ano

Com a derrota de ontem, o Bayern somou o seu terceiro vice-campeonato na temporada. Foi vice-campeão alemão, perdendo o título da Bundesliga para o Borussia Dortmund (bicampeão). Na final da Copa da Alemanha, foi atropelado pelo próprio Dortmund (5x2 na final). E, ontem, perdeu em casa a Liga dos Campeões diante do Chelsea.

A fundamental mudança de treinador

O Chelsea começou a temporada 2011/12 sob o comando do treinador português André Villas-Boas, que custou a Abramovich 15 milhões de Euros (rescisão do contrato com o FC Porto). Villas-Boas havia comandado o espetacular FC Porto da temporada 2010/11, que ganhara tudo o que havia disputado: campeão português invicto; campeão da Liga Europa; Taça e Supertaça de Portugal.

Admirado com o trabalho do português, o russo resolveu repetir a dose e contratar mais um treinador bem sucedido no Porto. Só que, ao contrário de José Mourinho que, dentre outras, foi bicampeão inglês, tirando o clube londrino de uma final de 50 anos, o jovem Villas-Boas não teve muito sucesso.
Contrariando os “Senadores” do elenco, Villas-Boas sofreu com a falta de empenho de diversos jogadores. Foi um processo semelhante ao que se passou com o brasileiro Luiz Felipe Scolari.

Villas-Boas, sem conseguir se impor diante dos principais jogadores do elenco Blues, terminou por sucumbir ante os maus resultados. Foi quando assumiu o posto de treinador principal o assistente Roberto di Matteo.

Com di Matteo como treinador interino, os jogadores mais antigos resolveram mostrar que o problema não era com eles, mas sim com o técnico português. Adotaram a filosofia do “catenaccio” de di Matteo e, com o ítalo-suíço foram campeões da Copa da Inglaterra e da Liga dos Campeões.

Chelsea, o primeiro londrino campeão europeu

O título do Chelsea foi o 12º europeu de clubes ingleses. Porém, o primeiro da capital inglesa, Londres, na maior competição de clubes do Velho Continente.

Antes do Chelsea se sagrar campeão, o próprio Chelsea (em 2008) e o Arsenal (2006) haviam chegado à final, mas tinham falhado o objetivo de levantar a taça.

Com o título dos “Blues”, Londres se junta a Madrid, Lisboa, Amsterdam, Bucareste e Belgrado, sendo a sexta capital europeia a ter um clube campeão continental.

Chelsea o campeão mais africano

Com seus quatro africanos, Michael Essien (Gana), Obi Mikel (Nigéria), Salomon Kalou e Didier Drogba (Costa do Marfim), o Chelsea se tornou o clube campeão europeu com mais jogadores africanos.

Didier Drogba o terceiro africano a marcar em final

Falando sobre africanos, o marfinense Didier Drogba se tornou o terceiro jogador africano a marcar gol em final da Taça dos Campeões/Liga dos Campeões. Antes do atacante do Chelsea, haviam marcado gols o argelino Madjer (FC Porto, 1987) e o camaronês Eto’o (Barcelona, 2006 e 2009).

Curiosamente, sempre que um africano marcou gol, o seu time foi campeão europeu. Madjer marcou um dos gols na vitória do Porto por 2x1 sobre o Bayern Munique, em 1987. Eto’o marcou um gol na vitória de 2x1 do Barcelona sobre o Arsenal (2006) e outro na vitória de 2x0 do mesmo Barcelona sobre outro inglês, o Manchester United (2009).

Drogba, então, junta-se ao seletíssimo rol de africanos goleadores e campeões em finais da maior competição de clubes do mundo.

Campanha do Chelsea

A trajetória do Chelsea até o título não foi das mais brilhantes. Para chegar à final, o time londrino passou pelo Grupo D com algumas dificuldades, assegurando a classificação apenas na última rodada, ao vencer o Valencia por 3x0. Mesmo assim, terminou a fase de grupos em primeiro lugar, com 11 pontos conquistados, após três vitórias, dois empates e uma derrota.

Nas fases eliminatórias, o Chelsea, mais uma vez, não teve vida fácil. Nas oitavas-de-final ultrapassou o Napoli, perdendo na Itália por 3x1 e vencendo em Londres por 4x1, em um jogo de muito sacrifício. Nas quartas-de-final enfrentou o Benfica, vencendo os dois jogos, mas sempre com muita dificuldade – 1x0 em Lisboa e 2x1 (suado) em casa. Na semifinal, diante do poderoso Barcelona, o Chelsea se superou em seu “catenaccio” e conseguiu travar o brilhante jogo do time catalão, venceu em Londres por 1x0 e empatou em Barcelona, 2x2.

No total, os “Blues” venceram sete jogos, empataram quatro e perderam dois; marcaram 25 gols e sofreram 12.

- Jogos:

Chelsea 2x0 Leverkusen
Valencia 1x1 Chelsea
Chelsea 5x0 Genk
Genk 1x1 Chelsea
Leverkusen 2x1 Chelsea
Chelsea 3x0 Valencia
Napoli 3x1 Chelsea
Chelsea 4x1 Napoli
Benfica 0x1 Chelsea
Chelsea 2x1 Benfica
Chelsea 1x0 Barcelona
Barcelona 2x2 Chelsea
Chelsea 1x1 Bayern (4x3 gp)

sábado, 19 de maio de 2012

Bayern x Chelsea decidem a Liga dos Campeões



Hoje, Bayern Munique x Chelsea farão a final da maior competição interclubes do mundo, a Liga dos Campeões da Europa. O jogo será na Allianz Arena, na cidade de Munique, às 15h45m (horário de Brasília).

O Bayern Munique tenta conquistar a competição pela quinta vez em sua história e, assim, igualar o Liverpool como terceiro maior campeão do torneio. Esta será a nona final dos alemães, que venceram em 1974, 1975, 1976 e pela última vez em 2001, quando bateram o Valencia nos pênaltis. Em 1975 o adversário derrotado na final foi o inglês Leeds United.

Os bávaros, entretanto, caso sejam derrotados pela quinta vez, igualarão Juventus e Benfica como os clubes que mais perderam finais da Liga dos Campeões. Os alemães foram derrotados em 1982, 1987, 1999 e 2010. Em 1982 e 1999, o Bayern foi derrotado por ingleses: Aston Villa e Manchester United.

Já o Chelsea, busca o seu primeiro título. Desde que foi adquirido pelo bilionário russo Roman Abramovich em 2003, o Chelsea passou a ter como obsessão a conquista da Liga dos Campeões. O russo já investiu quase 1 bilhão de euros no clube, incluindo os 140 milhões de Libras pagos para adquirir o clube. Contudo, o time londrino perdeu a única final que disputou, em 2008, para o Manchester United.

Caso vença a competição, o Chelsea não vencerá apenas a sua primeira Liga dos Campeões, mas também será a primeira taça conquistada por um clube de Londres. Assim, a capital inglesa poderá passar a ser a sexta capital com o título do maior torneio de clubes europeu. Até hoje, apenas Madrid, Lisboa, Amsterdam, Bucareste e Belgrado tiveram times campeões.

Para chegarem à final, Bayern e Chelsea eliminaram nas semifinais os dois grandes favoritos da competição, Real Madrid e Barcelona, respectivamente. Os bávaros venceram em Munique por 2x1 e perderam em Madrid pelo mesmo placar; nos pênaltis, com Neuer em grande destaque, asseguraram vaga na final. Já os “Blues”, venceram por 1x0 em Londres e foram empatar em Barcelona, 2x2, surpreendendo o mundo do futebol.

Final em casa

Esta será a quarta vez na história que um time fará a final em seu estádio. Real Madrid e Inter de Milão foram campeões em 1956/57 e 1964/65, respectivamente. Os espanhois bateram a Fiorentina no Santiago Bernabéu, enquanto os italianos venceram o Benfica no San Siro. Já a Roma (que tinha como grande ídolo o brasileiro Falcão) foi derrotada no Estádio Olímpico pelo Liverpool, em 1983/84. O Bayern, portanto, poderá ser o terceiro clube a se sagrar campeão em casa.

Campeão mais africano

O Chelsea poderá ser o time “mais africano” a levantar a taça. Michael Essien, de Gana, Obi Mikel, da Nigéria, Salomon Kalou e Didier Drogba, da Costa do Marfim são os quatro africanos do time.

Ficha Técnica:

Chelsea: Cech; Bosingwa, Cahill, David Luiz e Ashley Cole; Mikel, Lampard, Bertrand; Mata, Drogba e Kalou. Técnico: Roberto di Matteo.

Bayern de Munique: Neuer; Lahm, Boateng, Tymoshchuk e Contento; Schweinteiger, Kroos; Robben, Muller e Ribéry; Gómez. Técnico: Jupp Heynckes.

Árbitro: Pedro Proença (POR). Assistentes: Bertino Miranda e Ricardo Santos (POR).

Local: Allianz Arena, Munique. Hora: 15h45m (horário de Brasília).